Novas manchas de óleo surgiram na Baía-de-Todos-os-Santos. As placas apareceram no último domingo (13) e acendem um alerta para a possibilidade de uma situação similar à ocorrida em 2019, quando resquícios de uma gosma preta contaminaram mais de mil pontos do litoral do Nordeste e Sudeste do Brasil. À época, além do dano ambiental, foi calculado um prejuízo de R$ 188 milhões, considerando o que foi gasto pelos estados.
Desta vez, as manchas foram avistadas na comunidade do Coqueiro Verde, em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Diretor do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o biólogo Francisco Kelmo explica que o material é novo e sem relação com o do episódio anterior. “Pelas amostras que tive acesso, é um material que mantém suas características normais, naturais, com cheiro forte e forma pastosa”, detalha.
Kelmo, que pontua o desconhecimento da origem do óleo, afirma que há algumas possibilidades: “Pode ser, por exemplo, que alguém tenha jogado um motor de barco, de qualquer jeito. Quem comete o ilícito não se revela”. De acordo com o biólogo, a Marinha do Brasil, junto com o Ibama, devem investigar o material e a origem do vazamento.
De acordo com o biólogo, o material pode ser nocivo, em caso de ser ingerido por peixes e outros animais marinhos. Ele recorda que, em 2019, o vazamento de óleo causou um dano considerável à biodiversidade.
Fonte: Metro1