Governo do Estado vai renovar decreto de emergência pela seca

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O governo da Bahia, através da Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec) vai renovar, no próximo dia 10 de março, o decreto publicado ano passado, que declara ‘situação de emergência em 176 municípios baianos por causa da falta de chuva em algumas regiões do interior do estado’.

O decreto considera fatores anormais e adversos decorrentes da longa estiagem, além dos graves prejuízos às atividades produtivas nos setores da agricultura e da pecuária. “Dos 176 municípios baianos prejudicados pela seca, 146 deles estão no decreto, que vence agora, dia 24 de março próximo”, antecipa o superintendente da Sudec, Paulo Sérgio Luz em entrevista por telefone.

Segundo o gestor da Defesa Civil haverá uma revisão criteriosa com análise crítica da situação de cada município antes da publicação do documento. “Nossos técnicos e nossos parceiros vão se debruçar sobre informações atualizadas, que serão entregues ao Governo do Estado para as devidas providências. Teremos que antecipar a publicação antes do prazo final para que as ações do Exército Brasileiro, com os carros-pipas, não sofram de solução de continuidade e deixem de ser realizadas prejudicando a população”.

MEIO MILHÃO

Através de nota, enviada pelo major Sérgio Martins, a seção de Comunicação Social da 6ª Região Militar diz que: “no Estado da Bahia, o Exército Brasileiro atende atualmente 117 (cento e dezessete) municípios, com 835 (oitocentos e trinta e cinco) carros-pipas contratados e aproximadamente a 500 (quinhentas) mil pessoas (meio milhão)”.

Informa, também, que “a Operação Carro-Pipa compreende atividades de cooperação na distribuição emergencial de água potável com prioridade para as populações rurais atingidas por estiagem e seca na região do semiárido nordestino e na região norte do Estado de Minas Gerais”. E que “a cooperação se estende aos municípios, que sofrem com os efeitos da estiagem e que estejam em situação de emergência ou estado de calamidade pública decretada, após avaliação e autorização da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec)”.

Finaliza a nota do Exercito Brasileiro garantindo que: “A fim de complementar a distribuição de água que está sendo realizada pelos Governos Estaduais e Municipais, nas microrregiões em situação de emergência, a partir da distribuição dos recursos alocados pelo Ministério da Integração, a missão é de planejar, coordenar e fiscalizar a busca, a desinfecção, o transporte e a distribuição de água potável, contando para isso com a utilização de carros-pipas contratados”.

DECRETO ESTADUAL

A preocupação dos militares vai ao encontro do decreto estadual em vigor, que também leva em conta: “A falta do abastecimento de água nos municípios baianos, assim como os danos ambientais e prejuízos à subsistência e à saúde da população das cidades atingidas”. Por esta razão, um artigo do decreto atual determina que: “Fica autorizada a mobilização de todos os órgãos estaduais, no âmbito das suas competências, para envidar esforços no intuito de apoiar as ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução”.

O superintendente da Sudec, Paulo Sérgio Luz comenta que a revisão criteriosa com análise crítica da situação de cada município começa pelas cidades e regiões, onde as chuvas caíram deixando a população satisfeita. “Guanambi, por exemplo, a chuva encheu a barragem local. Já em outros municípios houve chuvas, mas insuficientes, pois não encheram as barragens e tampouco as aguadas. A safra – com a plantação de dezembro – já estava completamente perdida”.

Paulo Sergio Luz diz que, entre as localidades e regiões beneficiadas pelas últimas chuvas, o Oeste é onde a situação melhorou bastante. “Já no Sudoeste choveu muito pouco; na Chapada está dando uma melhorada; e na região do Sisal choveu em alguns municípios. Situação, realmente critica, está em Jeremoabo e Euclides da Cunha. Nos dois municípios não choveu o suficiente onde devia, e onde algumas gotas caíram não foi suficiente para atender às necessidades da população”, sintetiza.

Sobre as ocorrências de chuvas no Estado, a meteorologista do Inmet-Salvador, Cláudia Valéria da Silva lembra que elas estão sendo mais frequentes no Oeste e no Centro Oeste. “O melhor cenário de chuvas é no outono, ou seja, entre os meses de abril e maio, quando acontecem os maiores volumes de chuvas e as mais fortes caem em poucas áreas do território baiano”, finaliza.

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