Com as perdas de arrecadação dos governos federal, estadual e municipal, como consequência da crise econômica gerada pelo avanço do novo coronavírus, e a queda de repasses do Fundo de Participação dos Municípios, a União dos Municípios da Bahia (UPB) afirma que será inviável a realização do São João 2020 no estado.
O 1º Tesoureiro da UPB, Marcão Cardoso, afirmou, em entrevista ao jornal Correio, que o cancelamento é “inevitável”. “O Governo da Bahia nos passou que o pico da doença é entre abril e maio, meses em que as prefeituras realizam licitações para a festa e as particulares se organizam. Junho ainda vai ser mês de preocupação e, somente em julho ou agosto é que teremos estabilidade. Então, isso, aliado à queda de FPM, resultará em suspensão do São João, será inevitável”, disse Cardoso, que também é prefeito de Santana e presidente do Consórcio de Saúde da Bacia do Rio Corrente.
Até o momento, duas prefeituras se anteciparam no cancelamento do festejo junino, mesmo sem casos confirmados da Covid-19: Conceição do Almeida, no Recôncavo da Bahia, e Vitória da Conquista, no sudoeste do estado.
Cardoso afirmou ao jornal que vai cancelar não apenas o São João de Santana, que estava previsto para acontecer entre os dias 17 e 23 de junho, como também a Micareta, no final de julho, e a Exposição Agropecuária da cidade. Segundo ele, a UPB ainda não tem dados sobre quanto será na Bahia a queda de repasse do FPM, realizado pelo Governo Federal.
O cancelamento do São João também é previsto por outras cidades, mesmo que ainda não haja confirmação oficial. É o caso de Feira de Santana, que tem seis casos de Covid-19 e “não realizará quaisquer eventos enquanto durar a ameaça à saúde pública”.