A senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, em entrevista exclusiva a Rádio Baiana FM, na tarde desta quarta-feira (16), admitiu que o partido não tem candidato para as eleições de 2018, caso o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva ex-presidente Lula seja condenado pela justiça. Ela criticou a decisão do juiz Sérgio Moro, afirmando que a condenação de Lula é decisão política, que tem como objetivo impedir que o petista concorra a vaga no Palácio do Planalto. “O plano A B e C é o Lula, nós não temos outro plano até porque consideramos que uma eleição sem Lula é uma eleição fraudulenta. Lula é o maior líder político da história desse país. Se querem tirar Lula do jogo político é da democracia, agora tem que tirar Lula nas urnas. Nós não vamos aceitar que uma condenação sem provas prevaleça da democracia”, afirmou a senadora.
Cumprindo agenda pela região nordeste, Lula chega a Bahia nesta quinta-feira a Salvador acompanhado de membros do PT. “Essa é uma iniciativa do PT junto com a Fundação Abramo e tambem com o Instituto Lula que tem o objetivo que é de ver e diagnosticar a realidade brasileira. Está começando pelo Nordeste e considera as grandes transformações que o país passou nos governos do PT. O que é que foi construído, o que melhorou na vida das pessoas e o que está sendo hoje desmontado como os programas, investimentos e políticas públicas que estão sendo desmontadas após o governo Temer”, explicou Hoffman.
Delações
Acusada de receber dinheiro para a campanha, a senadora negou ter recebido dinheiro da Odebrecht para a sua campanha. “Não conheço o pessoal da Odebrecht, não pedi dinheiro para eles na minha campanha de 2014 e nem meu marido pediu. Pedi para o partido e tive recursos também orientados pelo partido, pela campanha presidencial”, afirmou.
Segundo as investigações, a senadora foi citada por três delatores que relataram pagamentos feitos a pedido do marido da senadora, Paulo Bernardo, quando ele era ministro dos governos Dilma e Lula, para as campanhas de Gleisi de 2008 para a prefeitura de Curitiba; de 2010 para o Senado; e de 2014 para o governo do Paraná.
Os delatores disseram que o repasse de R$ 5 milhões em 2014 está relacionado a uma abertura de crédito de R$ 50 milhões ligada a uma linha de financiamento de exportação de bens e serviços entre Brasil e Angola, medida econômica que teria beneficiado o Grupo Odebrecht.