Com o crescimento de 1,2% no primeiro trimestre de 2021 em relação aos três meses imediatamente anteriores, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro retornou ao patamar pré-pandemia, evidenciando a recuperação da economia brasileira mais rápida do que o que era esperado pelos especialistas.
Os dados de arrecadação de impostos e da geração de empregos formais, divulgados anteriormente, já sinalizavam que a economia brasileira estava em expansão nos três primeiros meses de 2021, a despeito do recrudescimento da pandemia no país.
Com os novos números mostrando a consolidação da recuperação econômica nacional, as previsões acerca do crescimento do PIB tiveram que ser atualizadas pelos especialistas e pelas empresas ligadas ao mercado financeiro.
A Arazul Capital, plataforma múltipla do mercado financeiro, revisou sua previsão de crescimento da economia nacional em 2021 para 5,6%. No entanto, a plataforma ressalta que a recuperação da economia nacional deve ser setorialmente heterogênea e, ainda, o mercado de trabalho deve continuar em recuperação mais lenta que o PIB ao longo de 2021.
Em seu relatório publicado na terça-feira (1º), a Arazul ressalta que o “desempenho do PIB no primeiro trimestre de 2021 garante crescimento próximo dos 5% no ano caso o PIB se mantenha estagnado nos próximos trimestres”.
“O crescimento do PIB no primeiro trimestre foi puxado pela agropecuária, que cresceu 5,2% em comparação ao trimestre anterior, refletindo o bom momento para o mercado de commodities e a recuperação sincronizada das principais economias do mundo”, afirma Rafael Sales Rios, economista da equipe de Research da Arazul Capital.
Outros setores produtivos da economia brasileira, como a Indústria (+0,7%) e o setor de Serviços (+0,4%) também apresentaram resultados positivos, indicando a diminuição dos danos macroeconômicos causados pela pandemia da Covid-19.
“A recuperação da indústria e, com menor intensidade, dos serviços traz um otimismo para os próximos trimestres, pois sinaliza que com o avanço da vacinação os efeitos econômicos negativos da pandemia serão contornados pelo setor produtivo”, finaliza o economista.
Fonte: Bahia.ba