Nas sete vezes em que caiu na água durante sua campanha nas Olimpíadas de Tóquio, de onde sai com uma medalha de ouro, Isaquias Queiroz cumpriu um ritual.
Minutos antes de se posicionar com sua canoa na raia do Canal Sea Forest, fazia uma ligação de vídeo para a mulher, Laina, que está em Lagoa Santa. Queria um incentivo final e uma última visualização dela e do filho, Sebastian, antes de pôr à prova seus anos de treinamento.
Com a medalha de ouro na final do C1 1000m nas Olimpíadas de Tóquio, Isaquias Queiroz dá sequência a um projeto que estabeleceu depois dos três pódios que colecionou na Rio 2016 – façanha obtida só por ele em toda a história olímpica nacional.
O baiano, que agora tem quatro conquistas em Jogos, empatou com Serginho (vôlei) e Gustavo Borges (natação). Apenas dois atletas chegaram a cinco medalhas pelo país no megaevento: os velejadores Robert Scheidt, ainda na ativa, e Torben Grael, já aposentado de competições olímpicas.
Final do C1 1000m masculino:
- Isaquias Queiroz (Brasil)
- Hao Liu (China)