Considerado um dos maiores clássicos do nordeste, Bahia x Sport é sempre sinônimo de pressão, jogo tenso, com as duas equipes buscando o resultado o tempo inteiro, casa cheia e belos gols. Os times também já fizeram duelos épicos, como nas partidas de final da Copa do Nordeste de 2017, pelas séries A e B do Campeonato Brasileiro e em confrontos oficiais que datam desde 1959.
O embate desta quinta-feira, 18, às 21h, na Arena Pernambuco, no Recife, não vale título, mas nem por isso será menos importante. Muito pelo contrário. A expectativa é de uma partida tensa, até mesmo porque o Tricolor baiano e o Rubro-Negro pernambucano lutam pela sobrevivência na elite nacional.
O Bahia tem 36 pontos e vinha de uma sequência de sete jogos de invencibilidade até a última rodada, quando perdeu para o Flamengo, no Maracanã, em jogo polêmico. Já o Sport é o vice-lanterna, com 30 pontos, à frente apenas da Chapecoense, que tem sofridos 15 pontos. O Leão tem apenas uma vitórias nas últimas oito partidas.
Se o momento atual não é dos otimistas ou empolgantes para o Esquadrão, o passado pelo menos guarda boas lembranças e até mesmo uma boa freguesia imposta ao Sport.
Nas lembranças mais recentes da nação tricolor em relação ao confronto, com certeza, os 4 a 0 no Nordestão desse ano estão fresquinhos na mente. Mas vale lembrar que na partida de ida pelo Brasileirão, os pernambucanos levaram a melhor em Salvador e venceram por 1 a 0.
É verdade que quem tem se dado melhor nos duelos recentes é o Sport, que venceu seis dos últimos seis duelos e empatou um. Enquanto o Bahia venceu apenas três.
Porém, esse ‘domínio’ é recente. A história mostra isso. Entre 1959 e 1997, os times se enfrentaram 27 vezes e foi uma massacre tricolor. Ao todo, o Esquadrão venceu 11 e empatou outras 11, perdendo apenas cinco. Já de 2000 a 2015 uma nova freguesia imposta. Em 17 jogos, o Bahia ganhou dez, empatou três perdeu apenas quatro.
Ao todo, ao longo desse histórico clássico, as equipes duelaram 54 vezes, sendo 24 triunfos do Tricolor, 15 empates e 15 derrotas. Além de 62 gols marcados e 54 sofridos.
E nesta quinta, vivendo um bom momento com o técnico Guto Ferreira no comando, o Bahia tem a chance de recuperar a hegemonia no confronto, respirar na luta contra o rebaixamento e mostrar que os 4 a 0 no primeiro semestre deste ano não foi um golpe de sorte, mas sim uma demonstração de força do elenco tricolor.
Desfalques
Para o duelo, Guto Ferreira não poderá contar com o lateral Matheus Bahia e com o atacante Rossi, ambos suspensos, além de dos volantes Jonas (lesionado) e Raniele (Covid-19). Por outro lado, terá o retorno do volante Patrick.
Quase certo
O meia-atacante colombiano Índio Ramírez, emprestado pelo Atlético Nacional, da Colômbia, está próximo de ser contratado em definitivo pelo Esporte Clube Bahia.
De acordo com o presidente do Tricolor, Guilherme Bellintani, o jogador de 23 anos está com a situação bem encaminhada e os clubes já estão apalavrados sobre a negociação, , mas é preciso que o Bahia atinja metas financeiras para ter condição de adquirir o atleta.
“Diria que já temos um acerto com o Atlético Nacional que prevê um investimento que está estabelecido no contrato. Para que a gente execute esse acordo, esse acerto, a gente precisa atingir algumas metas financeiras. Se a gente atingir no final de novembro, início de dezembro, algumas recuperações financeiras que estamos fazendo, plano de sócios atingindo 30 mil, a gente vai ter condições de adquirir Ramírez em definitivo, que é um passo importante para o clube”, falou.