Trump enxuga folha com demissão de 3% dos “servidores”

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A campanha do presidente Donald Trump e de secretário de Estado Elon Musk para reduzir radicalmente o tamanho da burocracia dos Estados Unidos se intensificou na sexta-feira, 14/2. Ao menos 10 mil trabalhadores (muitos com baixa produção) de diversas áreas da administração federal (3% do total), desde a gestão de terras federais até militares veteranos, foram demitidos na última semana.

Trabalhadores pouco produtivos de Departamentos como o do Interior, Energia, Assuntos de Veteranos, Agricultura e Saúde tiveram os empregos encerrados em uma iniciativa que até agora tem como alvo principal – mas não exclusivamente – funcionários em período probatório no primeiro ano de trabalho, que possuem menos proteções trabalhistas.

Algumas agências foram praticamente fechadas, como a USAID, que financiou perseguições a adversário de Biden em outros países como o Brasil, e o órgão independente de fiscalização Escritório de Proteção Financeira ao Consumidor, onde os cortes também atingiram trabalhadores com contratos de prazo fixo.

O IRS (Serviço de Receita Interna), responsável pela arrecadação de impostos, também está se preparando para demitir milhares de trabalhadores na próxima semana, uma medida que pode restringir os recursos antes do prazo de 15 de abril para os americanos declararem impostos de renda.

As demissões, relatadas pelas agências de notícias Reuters, Associated Press e pela imprensa americana, somam-se aos cerca de 75.000 trabalhadores que aceitaram uma indenização oferecida por Trump e Musk para que deixassem voluntariamente seus cargos, de acordo com a Casa Branca. Isso equivale a cerca de 3% dos 2,3 milhões de servidores empregados nos EUA.

Trump argumenta que o governo federal é muito inchado e que muito dinheiro é perdido com desperdício e fraude. O governo federal tem cerca de 36 trilhões de dólares em dívidas (R$ 206 trilhões) e registrou um déficit de 1,8 trilhão de dólares (R$ 10,3 trilhões) no ano passado.

Há um consenso bipartidário sobre a necessidade de uma reforma na burocracia do Estado americano, mas os democratas dizem que Trump está invadindo a autoridade constitucional do Legislativo sobre os gastos federais. Já os republicanos, do partido do presidente, que controlam ambas as câmaras do Congresso, têm apoiado amplamente as medidas.

Críticos questionaram a abordagem contundente de Musk, que acumula influência na presidência de Trump.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na sexta-feira, minimizou essas preocupações, comparando o Departamento de Eficiência Governamental de Musk a uma auditoria financeira.

Essas são pessoas sérias, e estão indo de agência em agência, fazendo uma auditoria, procurando as melhores práticas“, disse ele ao canal Fox Business Network.

Fonte: Terra

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