O ex-deputado norte-americano George Santos, filho de brasileiros, foi condenado nesta sexta-feira (25) a sete anos e três meses de prisão por fraudes cometidas durante sua campanha eleitoral. A sentença foi definida pela juíza federal Joanna Seybert, em Nova York. Além da prisão, ele terá de pagar cerca de US$ 580 mil em multas, como parte de um acordo judicial.
Santos se declarou culpado em agosto do ano passado por fraude eletrônica e falsidade ideológica. Ele admitiu ter enganado doadores, usado identidades falsas — inclusive de familiares — e desviado recursos para financiar sua candidatura vitoriosa ao Congresso em 2022.
Durante o julgamento, a promotoria argumentou que Santos “continua sem arrependimento” e “não demonstrou remorso genuíno”, citando postagens recentes nas redes sociais em que o ex-deputado se apresenta como vítima. A juíza concordou com os argumentos e acatou o pedido de pena mais dura.
A defesa, por outro lado, pedia uma pena mínima de dois anos, alegando que a sentença proposta era desproporcional e comparando o caso ao de outros políticos condenados por crimes semelhantes.
Expulso da Câmara dos Deputados em 2023 após apenas um ano de mandato, Santos ficou conhecido por ter forjado grande parte de sua trajetória pública. Disse ter trabalhado em empresas renomadas de Wall Street e ser dono de imóveis valiosos, mas, na verdade, enfrentava problemas financeiros e processos de despejo.
Após a sentença, ele não falou com a imprensa, mas havia se manifestado pelas redes sociais, dizendo estar “pronto para encarar as consequências” e agradecendo a “compaixão” de quem o apoiou.