O Ministério Público de Barcelona recorreu nesta quarta-feira (7) contra absolvição de Daniel Alves no processo em que ele foi condenado por estupro. O recurso é somado ao apelo já apresentado pela defesa da vítima em abril, que reabriu o caso judicialmente. Agora, o ex-jogador será novamente julgado pelo Tribunal Supremo da Espanha, a instância mais alta do país.
A decisão anterior de anulação, do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, foi baseada em supostas inconsistências no depoimento da vítima. Ela havia acusado Alves de estuprá-la em uma boate de Barcelona, em dezembro de 2022, mas o tribunal concluiu que o relato era insuficiente para sustentar a condenação. A Promotoria afirma que a anulação prejudica moralmente a vítima.
Na decisão, os juízes alegaram que a primeira sentença falhou ao não contrastar o depoimento da acusadora com outras provas, como gravações e evidências de DNA. Também criticaram a falta de confiabilidade do testemunho da vítima. No entanto, a anulação não afirma que a versão de Alves seja correta, apenas que as inconsistências impedem a condenação.
A jovem alegou que foi estuprada por Alves dentro de um banheiro VIP da discoteca. Exames de corpo de delito e testemunhos corroboraram seu relato, mas a defesa de Alves sustentou que não houve crime e que a relação foi consensual.