A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública discutiram, nesta sexta-feira (9), ações de combate ao racismo no esporte. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, se reuniu com representantes do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), em Brasília, para debater estratégias integradas de enfrentamento à discriminação racial.
O encontro contou com a presença do presidente do CNPCP, Douglas de Melo Martins, e dos conselheiros, Bruno César Salvio e Maurício Dieter, além de membros da diretoria da CBF. Entre os temas debatidos, estavam o fortalecimento de políticas públicas e ações educativas para prevenir e combater o racismo, especialmente no ambiente esportivo.
A iniciativa ocorre em meio a uma série de episódios recentes de racismo no futebol. Em dezembro de 2024, quatro jogadoras do River Plate foram presas por injúria racial durante uma partida contra o Grêmio, pela Brasil Ladies Cup, em São Paulo. A atleta Candela Díaz imitou um macaco em direção a um gandula, e outras ofensas teriam sido proferidas contra jogadoras brasileiras.
Em janeiro, o goleiro francês Mike Maignan, do Milan, foi alvo de insultos racistas da torcida da Udinese, durante uma partida pelo Campeonato Italiano. Ele chegou a deixar o campo antes do jogo ser retomado.
Em março, dois jogadores da base do Palmeiras sofreram ataques racistas da torcida adversária durante uma partida da Libertadores Sub-20, no Paraguai. Um torcedor imitou gestos de macaco para Figueiredo, enquanto Luighi foi alvo de uma cusparada.
