A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). , após ela anunciar que deixou o país. A avaliação da PGR é de que a viagem pode representar tentativa de fuga, já que a parlamentar foi condenada a dez anos de prisão por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsificar documentos. A condenação ainda não foi executada, pois há recursos pendentes, mas a saída do Brasil é vista como indício de que Zambelli pretende escapar da jurisdição nacional. As informações são do blog de Luísa Martins na CNN.
A deputada declarou, em entrevista, que está fora do Brasil e pediu licença do mandato. Inicialmente, alegou motivos de saúde para a viagem, mas depois afirmou que quer denunciar perseguição política por parte do STF. Há também contradições sobre seu paradeiro: em uma versão, estaria na Itália, alegando cidadania europeia que a impediria de ser deportada; em outra, disse estar nos Estados Unidos e viajaria à Itália em seguida. Essas inconsistências reforçaram a convicção da PGR sobre a necessidade de prisão preventiva.
A decisão sobre o pedido cabe ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, que tende a autorizar a medida. Caso isso ocorra, a Justiça deve decidir como cumprir a ordem, com possibilidade de solicitar prisão preventiva internacional via cooperação diplomática. Após o anúncio de Zambelli, seu advogado Daniel Bialski abandonou a defesa, alegando “motivo de foro íntimo” e afirmando não ter sido informado previamente sobre a viagem.
Em 2023, Zambelli chegou a ter o passaporte apreendido durante as investigações, mas o documento foi devolvido e ela não tinha restrições para deixar o país. No último dia 25, ela deixou o Brasil pela fronteira com a Argentina e se dirigiu para Buenos Aires, de onde voou para os Estados Unidos.
