A Chamada Nordeste contabiliza R$ 16,5 bilhões em propostas recebidas até o momento, R$ 6,5 bilhões superiores ao valor proposto. A iniciativa de fomento disponibiliza com R$ 10 bilhões, em uma ação conjunta entre Sudene, BNDES, Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Finep e Consórcio Nordeste de Governadores.
Os dados sobre as propostas submetidas foram levantados nesta quarta-feira (10). A expectativa é de elevação no número de projetos apresentados até a próxima segunda-feira (15).
Com a participação de todos os estados do Nordeste, as principais áreas dos projetos apresentados são hidrogênio verde, data centers e energia renovável. Poderão receber apoio instalação de infraestrutura física, aquisição de máquinas e equipamentos, implantação de plantas-piloto, contratação de recursos humanos, desenvolvimento de projetos com universidades e centros de pesquisa, além de capital de giro e engenharia.
Segundo o superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, a chamada demonstra o dinamismo do Nordeste e seu potencial para a atração de investimentos inovadores. “A Região tem crescido acima da média nacional e queremos aproveitar as oportunidades da neoindustrialização para a geração de mais oportunidades e renda para a população, promovendo desenvolvimento regional com inclusão social”, afirmou.
Lançada em maio deste ano, a Chamada Nordeste está alinhada com a Nova Indústria Brasil (NIB), a política industrial do País, e tem como objetivo selecionar planos de negócio voltados ao desenvolvimento de setores considerados essenciais para a transformação produtiva sustentável do Nordeste. A ideia é impulsionar cadeias produtivas locais e possibilitar transformações estruturais na economia regional por meio do fortalecimento da base industrial.
Essa ação é considerada um marco por ser a primeira a reunir todas as instituições financeiras federais atuantes na Região, além de representar a maior disponibilidade de recursos direcionados à indústria do Nordeste. As instituições parceiras oferecerão diferentes modalidades de apoio, por meio de crédito, participação acionária, subvenções econômicas e recursos não reembolsáveis.
Além de hidrogênio verde, data centers e energia renovável, que concentraram a maior parte das propostas até agora, os outros eixos prioritários são bioeconomia, com foco em fármacos; e indústria automotiva, incluindo máquinas agrícolas.
O cronograma prevê que, a partir do recebimento de propostas, as avaliações sejam encerradas até 28 de novembro deste ano, enquanto a formalização do Plano de Suporte Conjunto acontece até 15 de janeiro de 2026. A partir de 16 de janeiro de 2026, os projetos selecionados entram na fase de contratação e execução.