O coronel reformado Carlos Alves, que em vídeo publicado na internet fez ameaças à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, será monitorado pela Polícia Federal por tornozeleira eletrônica. Ele terá de manter distância mínima de 5 km de dos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), TSE e do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Está proibido de andar armado e de possuir arma em casa. A investigação foi aberta a pedido do Comandante do Exército, general Villas Bôas. Em vídeo, Carlos Alves diz não ter medo de Rosa Weber e a ameaça caso aceite denúncia contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL). “Se você aceitar essa denúncia ridícula e tentar tirar Bolsonaro, nós vamos derrubar vocês aí, sim, porque aí acabou”, disse. Ele ainda chamou o STF de tribunal de “canalhas” e “vagabundos”. Delegados da PF envolvidos nesse tipo de investigação têm alertado que não há anonimato na internet. A corporação tem ferramentas para descobrir quem faz ameaças, mesmo que não se identifiquem. A ordem foi expedida pela 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Também por determinação da Justiça, foi cumprido um mandado de busca e apreensão de computadores e celulares na residência do coronel, Rio de Janeiro. Carlos Alves pode ser enquadrado na lei de Segurança Nacional e responder pelos crimes de difamação, injúria, constrangimento ilegal e ameaça.
Estadão Conteúdo