Pela terceira vez na história e pela primeira em 60 anos, a tetracampeã Itália está fora da Copa do Mundo. Depois de duas eliminações seguidas na fase de grupos do torneio, a Azzurra caiu perante a Suécia na repescagem da Europa para o Mundial de 2018.
Após a derrota por 1 a 0 em Solna, a Itália voltou a mostrar pouco poder ofensivo e, em meio às contestadas escolhas do técnico Gian Piero Ventura, não saiu do 0 a 0 com a Suécia em um San Siro com mais de 70 mil pessoas, que presenciaram um dos maiores vexames da história do futebol italiano.
A Azzurra teve amplo domínio sobre os suecos, com cerca de 75% de posse de bola, mas criou poucas chances claras de gol, sendo as duas principais no fim do segundo tempo, em um belo chute de El Shaarawy e em uma cabeçada de Parolo.
O goleiro Gianluigi Buffon, que fez a última partida oficial pela seleção, pouco trabalhou, porém o ataque italiano se mostrou ineficaz, muito em função das escolhas de Ventura.
Depois de muita pressão e da suspensão de Verratti, o treinador começou a partida com o meio-campista ítalo-brasileiro Jorginho, destaque do Napoli na temporada, mas não cedeu em relação a Lorenzo Insigne, principal atacante do time que lidera o Campeonato Italiano.
Ventura preferiu começar a partida com Immobile e o contestado Gabbiadini no comando de ataque e com Candreva, que não vive boa fase na Inter de Milão, na ponta direita. Ao substituir para tentar o gol na segunda etapa, apostou no centroavante Belotti, que volta de contusão, e nos meia-atacantes El Shaarawy, reserva da Roma, e Bernardeschi, reserva da Juventus.
Com 69 anos, Ventura foi contratado para substituir Antonio Conte após a boa campanha da Itália na Eurocopa de 2016, mas não convenceu em nenhum momento. Com um time pragmático e preterindo os destaques do Napoli, era alvo frequente de críticas da imprensa e da torcida e não deve continuar à frente da Azzurra.
Na carreira de treinador, passou por times como Napoli, Hellas Verona, Cagliari, Udinese e Torino, mas nunca conquistou um título de expressão.