Amazônia perdeu 3,6% da superfície de água em relação à extensão média de água no bioma apenas em 2024. Dados do MapBiomas, divulgados na última sexta-feira (21) apontam que a seca extrema deixou a floresta por sete meses com os níveis de água abaixo da média histórica.
O bioma, que tem mais da metade da superfície de água do Brasil (61%), teve perda de superfície de água em 63% das 47 sub-bacias. Casos mais graves ocorreram em sub-bacias do Rio Negro, que apresentaram uma redução de mais de 50 mil hectares em comparação à média histórica.
A perda de superfície de água na Amazônia em 2024 foi de 4,5 milhões de hectares em relação a 2022, o último ano de ganho de superfície no país. Na mesma tendência do ano anterior, apenas em 2024 o Brasil perdeu 2% da superfície de água. Segundo os dados, a superfície o ficou 4% abaixo da média da série histórica, iniciada em 1985, e mostram que a última década teve oito dos 10 anos mais secos já analisados.