O Banco Central da Argentina firmou nesta segunda-feira (20), um acordo de estabilização da taxa de câmbio com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, com cerca de US$ 20 bilhões seis dias antes da eleição parlamentar.
No comunicado, o BC informou que “este acordo estabelece os termos e as condições para a realização de operações bilaterais de swap cambial entre ambas as partes”. “Isso fortalece a capacidade do banco central de responder às condições que podem ocorrer em episódios de volatilidade nos mercados de câmbio e de capitais”, completou.
Donald Trump, presidente dos EUA, afirmou na semana passada que os EUA não “perderiam seu tempo” com a Argentina, caso o partido de Milei fosse derrotado na votação de 26 de outubro, mas o secretário do Tesouro, Scott Bessent, posteriormente voltou atrás nas declarações, que impactaram brevemente os mercados locais.
Segundo Bessent, os EUA continuarão a apoiar financeiramente a Argentina enquanto o governo de Milei perseguir “boas políticas”, independentemente do resultado das eleições.
O peso argentino voltou a cair nesta segunda-feira (20), atingindo uma mínima recorde de 1.476 por dólar, mesmo após sucessivas intervenções do Tesouro dos EUA desde o início do mês. A moeda já perdeu os ganhos obtidos com o anúncio da ajuda americana, indicando que o apoio financeiro não tem sido suficiente para conter a desvalorização.
Desde 9 de outubro, o Tesouro dos EUA realizou três compras de pesos, estimadas em US$ 400 milhões, e nesta segunda foi anunciado um swap cambial de US$ 20 bilhões entre os países.