O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o isolamento social preconizado no combate ao novo coronavírus. O mandatário repostou no twitter entrevista na qual afirma que “certas autoridades estaduais e municipais estão tomando medidas, a meu entender, além da normalidade”. O tema já gerou litígios com governadores, prefeitos, legislativo, judiciário e até com o próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta,
Bolsonaro defende a tese do isolamento seletivo, em que apenas idosos e grupos de risco – como portadores de doenças crônicas e respiratórias – fazem a quarentena. Como “além da normalidade”, o presidente critica o fechamento de estabelecimentos comerciais e proibições de circulação de pessoas em estradas – o transporte de mercadorias é liberado.
“As empresas não produzindo nada – geladeira, carro, medicamento,seja lá o que for – não têm como pagar seu pessoal. Se a economia colapsar, não vai ter dinheiro para pagar o servidor público. O caos está ai. Sem dinheiro er sem produção. O homem do campo vai deixar de produzir. Vamos viver de quê?, pregou no vídeo.
O tom é semelhante a um pronunciamento feito em 24 de março, que resultou no rompimento político do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). Bolsonaro insinuou que poderia baixar um decreto anulando o isolamento social em todo o país. Na última semana, líderes do Congresso Nacional e ministros do Supremo Tribunal Federal avisaram que derrubariam a medida se o decreto fosse concretizado.