O Bahia fez sua parte na quinta-feira, 22, venceu o Fluminense em casa, por 2 a 0, e garantiu matematicamente presença na elite do Campeonato Brasileiro do ano que vem. Pior para o time carioca, que segue em baixa, ampliou longo jejum de gols (seis partidos sem marcar) e continua correndo risco de rebaixamento.
O resultado levou o Bahia a 47 pontos, na 11.ª colocação, já a nove do Sport, que abre a zona de rebaixamento. Restam apenas duas rodadas para o fim do Brasileirão e na próxima, o agora tranquilo time baiano vai encarar o América-MG, neste domingo, no Independência.
Por outro lado, o Fluminense ampliou sua crise. Sem marcar gols há seis jogos, o clube carioca teve os muros da sede pichados no início da semana e agora terá que juntar os cacos para tentar assegurar a permanência na Série A. Em 13.º, com 42 pontos, tem quatro de vantagem para o Sport e, por isso, precisa do resultado contra o Internacional no domingo, no Beira-Rio, para espantar de vez a chance de queda.
Se a fase já é péssima, o Fluminense ainda teve que lidar com a perda de um dos destaques nos últimos tempos, o goleiro Júlio César, vetado momentos antes do apito inicial. Rodolfo entrou e, ao menos no primeiro tempo, deu conta do recado.
Mais do que isso, o goleiro foi um dos destaques do Fluminense e brilhou aos 11 minutos ao fazer duas grandes defesas na sequência. Primeiro, na cabeçada de Edigar Junio, após cruzamento da direita. Depois, na finalização à queima-roupa de Ramires no rebote.
O Bahia era amplamente superior, mas tinha dificuldades de encontrar espaços na defesa. Gregore, então, apareceu como surpresa na área para tentar resolver e perdeu grande chance de cabeça, aos 22, sozinho na área. A última boa chance baiana aconteceu aos 40, e novamente Rodolfo foi bem para intervir.
Mas o início do segundo tempo veio, e Rodolfo não manteve o mesmo nível. Aos quatro minutos, até fez seu papel em finalização de Edigar Junio de dentro da área. Mas aos sete, saiu mal do gol em cruzamento de Elton e deixou a meta livre para Zé Rafael marcar de cabeça.
Somente três minutos depois, Rodolfo foi um dos protagonistas da trapalhada que resultou no segundo gol dos anfitriões, mas sem grande culpa. Ele recebeu recuo na fogueira de Paulo Ricardo e, ao tentar afastar o perigo, acertou Edigar Junio. A bola tomou o caminho da meta e cruzou mansamente a linha.
Os dois gols foram um balde de água fria em uma equipe já à flor da pele em campo. Sem se encontrar, o Fluminense sequer esboçou uma reação, enquanto o Bahia era mais perigoso nos contra-ataques. Faltou qualidade e sobrou nervosismo para os cariocas, que viram Luciano e Everaldo baterem boca com Tiago e o quarto árbitro, respectivamente. O mesmo Everaldo ainda assustou em chute de fora da área nos minutos finais, mas ficou nisso.
Ficha Técnica
Bahia 2 x 0 Fluminense
BAHIA – Douglas Friedrich; Bruno (Flávio), Tiago, Lucas Fonseca e Paulinho; Gregore, Elton, Zé Rafael, Ramires e Élber (Clayton); Edigar Junio (Gilberto). Técnico: Enderson Moreira.
FLUMINENSE – Rodolfo; Paulo Ricardo, Gum (Marcos Junior) e Digão; Léo, Jadson, Fernando Neto (Igor Julião), Sornoza (Junior Dutra) e Ayrton Lucas; Everaldo e Luciano. Técnico: Marcelo Oliveira.
GOLS – Zé Rafael, aos sete, e Edigar Junio, aos 10 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Flávio Rodrigues de Souza (SP).
CARTÕES AMARELOS – Elton, Tiago (Bahia); Everaldo (Fluminense).
RENDA – R$ 306.198,00.
PÚBLICO – 16.437 pagantes (16.479 presentes).
LOCAL – Arena Fonte Nova, em Salvador (BA).