Quinze milhões de doses da CoronaVac, vacina chinesa contra a covid-19 envasada e distribuída no Brasil pelo Instituto Butantan, estão paradas em estoque. Essa quantidade de imunizantes não despertou interesse do governo federal nem de outros Estados até o momento, segundo informações da TV Globo.
De janeiro a setembro deste ano, 100 milhões de doses da vacina foram entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde e distribuídas aos Estados. Além desse montante, o Butantan produziu um lote adicional de 15 milhões de doses entre julho e agosto. A validade dos imunizantes que atualmente estão sem destino definido vai até agosto de 2022, de acordo com o instituto.
A TV Globo entrou em contato com os 26 Estados do país e o Distrito Federal e perguntou se havia intenção de comprar as doses extras do CoronaVac. Todos disseram que não tinham interesse, pois já receberam doses suficientes do PNI.
O Ministério da Saúde, por sua vez, informou que mantém negociações para a compra de imunizantes contra a covid-19, mas apenas com a Pfizer e a AstraZeneca, que já têm registro definitivo junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No início da campanha de vacinação do Brasil contra a covid-19, em janeiro de 2021, a CoronaVac era a única vacina disponível. Mais tarde, os imunizantes da Pfizer/BioNTech, da Oxford/AstraZeneca e da Janssen foram incorporados ao processo de vacinação no país.