Uma jovem de 21 anos, que foi abusada pelo padrasto desde os 12 anos, utilizou as redes sociais para denunciar o agressor. Eva Luana da Silva mora em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), e utilizou a conta no Instagram para contar sobre os abusos, estupros e torturas sofridas.
De acordo com a Polícia Civil, o homem está preso e negou todas as acusações. A delegada responsável pelo caso, Florisbela Rodrigues, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Camaçari, informou que Eva Luana prestou depoimento no dia 30 de janeiro. A mãe dela também falou com a polícia e confirmou as denúncias da filha.
Segundo o relato, Eva e a mãe eram agredidas. “Minha mãe era agredida, abusada, violada e torturada quase todos os dias. Meu padrasto era obsessivo e ciumento com ela. Resumindo de uma maneira geral, ela era agredida com chutes, joelhadas, objetos. Era abusada sexualmente de todas as formas possíveis. Era obrigada a tomar bebidas até vomitar e quando vomitava tinha que tomar o próprio vômito como castigo. Ele começou a me abusar sexualmente. Eu tinha nojo, repulsa, ódio e não entendia porque aquilo acontecia comigo. Me sentia uma criança estranha e diferente das outras”, publicou a jovem.
Nas publicações, várias situações são denunciadas. Em uma delas, a jovem conta que a mãe apanhou tanto que teve um parto prematuro, mas a criança, um menino, morreu após seis dias do nascimento. Eva contou ainda que o celular, redes sociais e e-mail eram vistoriados pelo padrasto, que também a proibia de ter amigos e namorados.