As medidas anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para viabilizar o transporte de cargas em todo o país não caiu no gosto dos caminhoneiros. Após o anúncio de uma linha de crédito de até R$ 30 mil, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para caminhoneiros autônomos, membros da categoria avaliaram a medida como ineficaz. Diretor do Sindicato dos Caminhoneiros de Ourinhos, interior de São Paulo, Ariovaldo Junior Almeida classificou como “esmola” o crédito oferecido.
“É melhor do que nada, mas é esmola. Trinta mil reais não dá para 15 pneus. O caminhoneiro precisava de uma linha de crédito de R$ 200 mil”, afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Fontes ligadas aos caminhoneiros não descartam uma nova paralisação, similar ao cenário que ocorreu no país entre maio e junho de 2018. “Não irei incentivar jamais, mas, enquanto não houver o cumprimento da fiscalização da jornada de trabalho, paralisações podem ser deflagradas a qualquer momento, por qualquer motivo”, declarou o caminhoneiro Ivar Schmidt, líder do Comando Nacional de Transporte, em entrevista ao Correio Braziliense.