Embora o câncer em crianças seja uma doença rara, ele é responsável pela maioria das mortes entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos de idade, da ordem de 8% do total, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).
“É a primeira causa de morte por doença no Brasil e nos países desenvolvidos. Ele (câncer) só perde para causas externas, como traumas, e outros agentes externos”, disse a oncologista e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope) Flávia Martins, em entrevista à Agência Brasil.
Os três tipos de câncer mais comuns entre crianças e jovens, por ordem de frequência, são leucemias, tumores no Sistema Nervoso Central (SNC) e linfomas.
A doutora Flávia Martins recomenda que, para fazer o diagnóstico precoce, é preciso prestar atenção na criança e no que dizem os pais, pois há tempos variados de diagnóstico. Os primeiros consistem no reconhecimento dos sintomas pelos pais e no atendimento médico não especializado da criança em um hospital, pronto-socorro ou Unidade Básica de Saúde (UBS). Em seguida, vem o atendimento complexo, com o diagnóstico final.
O mês de setembro é reservado à conscientização e combate ao câncer infantojuvenil.
Estatísticas do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) para o triênio 2020/2022 estimam 8.460 novos casos por ano de cânceres infantojuvenis, sendo 4.310 para o sexo masculino e 4.150 para o sexo feminino.