A modalidade em que o Brasil é tricampeão olímpico está recheada de dendê. Melhor jogador do mundo em 2010, Jeferson da Conceição Gonçalves, o Jefinho, participou de todas as conquistas com a amarelinha, e segue estrelando a seleção favorita. O baiano perdeu a visão com apenas sete anos, após ser diagnosticado com glaucoma. Antes de chegar ao futebol de 5, específico para cegos, à exceção dos goleiros, o ala/pivô chegou a tentar natação e atletismo.
Um dos companheiros do craque é Cássio Reis, nascido em Ituberá (BA), que joga como fixo. Apesar de não participar da conquista de Pequim-2008, ele esteve presente tanto em Londres-2012 como na Rio-2016, e ajudou a seleção brasileira nos títulos da Copa América (2009 e 2013), do Mundial da ISBA (2010, 2014 e 2018) e dos Jogos Parapan-Americanos (2011, 2015 e 2019). Um deslocamento de retina seguido de catarata tirou a visão de Cássio, aos 14 anos.
Completa a lista de baianos do futebol de 5 o soteropolitano Gledson Barros. Ele conheceu a modalidade no Instituto de Cegos da Bahia (ICB), após perder a visão, aos 6 anos, por causa de uma atrofia no nervo óptico. Hoje ala/pivô da seleção brasileira, Gledson não esteve na Rio-2016, mas participou da conquista de Londres-2012. Também é bicampeão mundial e parapan-americano.