O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% no segundo trimestre e 2,5% no semestre, surpreendendo positivamente ao ficar acima da média projetada pelo mercado financeiro. O destaque ficou com o setor de serviços, que cresceu 1,3% no trimestre.
Com este desempenho da economia brasileira, bancos e casas de análise revisaram nesta quinta-feira (1º) as suas projeções para o PIB brasileiro em 2022 depois do resultado do segundo trimestre vir acima do esperado.
A Genial Investimentos elevou sua projeção para um crescimento de 2,8% ante os 2,5% anteriores, citando como destaques o setor de serviços, com a normalização de atividades presenciais, o consumo das famílias, refletindo estímulos fiscais e um mercado de trabalho mais robusto, e o setor industrial.
Já o Bank of America subiu a previsão de crescimento de 2,5% para 3,25%, mantendo expectativa de alta de 0,9% em 2023.
O Inter também revisou a projeção para cima, esperando agora alta de 2,6%.
Para o Goldman Sachs, a economia brasileira teve um bom desempenho no primeiro semestre mesmo com condições financeiras mais apertadas e a aceleração da inflação, com uma atividade “particularmente robusta” no setor de serviços e uma resiliência de crescimento. A projeção foi revisada de 2,2% para 2,9%, com crescimento próximo de 1% em 2023.
Também em relatório, o banco ABC elevou a previsão para o PIB de 2,8%, ante 2,2% anteriormente, com expectativa de alta de 0,7% em 2023.
Já a Órama revisou a projeção de 2,2% para 2,7%, enquanto a Ativa Investimentos anunciou revisão para o PIB de 2022 de crescimento de 1% para 2%, citando “dados mais positivos do primeiro semestre”.
A Eleven afirmou esperar agora um crescimento de 3%, ante os 2% anteriores, “em linha com a divulgação positiva das contas nacionais do 2T22, que deixou um carry-over de 2,6% para o ano”.
O Banco MUFG revisou a projeção de 1,7% para 2,7%, destacando porém que espera contração no quarto trimestre.
A Suno e a XP Investimentos também anunciaram que devem revisar suas expectativas para o PIB deste ano, mas ainda não divulgaram os novos números.
Em relatório, a XP destacou que “a atividade econômica brasileira cresceu fortemente nos dois últimos trimestres, com destaque para o sólido aumento da demanda doméstica. Nossa projeção para a variação do PIB em 2022, atualmente em 2,2%, tem claro viés de alta”.
A instituição vê, ainda, viés positivo para a previsão de alta de 0,5% em 2023, “a despeito da política monetária em território amplamente contracionista e o enfraquecimento da economia global”.




