O presidente Donald Trump anunciou nesta terça-feira (8) a assinatura de um decreto que dá aos Estados Unidos prioridade às vacinas contra o novo coronavírus. O dispositivo, assinado pelo presidente republicano, define que o país deverá receber as doses antes de outros países e que, antes de ajudar as demais nações, os americanos devem ser imunizados.
De acordo com informações da Folha de S.Paulo e da AFP, a ação foi descrita por funcionários do governo como “reafirmação do compromisso com a América em primeiro lugar”. Apesar da intenção, não é considerado claro o modo como esse decreto seria aplicado, já que os fabricantes assinaram acordos com outros países.
O governo americano assinou contratos para adquirir vacinas da Pfizer e com a Moderna. Ambas têm fábricas nos Estados Unidos e existem leis que, em tese,
poderiam permitir ao governo americano ser o primeiro a receber a produção.
A determinação do presidente estadunidense surge no contexto em que é cogitado o cenário de não haver doses suficientes da vacina no início da distribuição. O
governo disse que pretende cumprir meta de imunizar os 330 milhões de americanos até abril.
Ainda segundo a Folha, contrato dos Estados Unidos com a Pfizer e BioNTech prevê entrega de 100 milhões de doses. As empresas até se ofereceram para vender
doses adicionais no final do verão, mas, segundo o The New York Times, o governo teria recusado.
A Moderna também se comprometeu a entregar 100 milhões de doses aos Estados Unidos. O contrato inclui opções para doses adicionais, mas o tempo previsto para ativar essas cláusulas pode atrasar a entrega em alguns meses.