Dólar encosta em R$ 5,61, pressionado por mercado externo

Date:

 

Pressionado pelo mercado externo, o dólar interrompeu a trégua e voltou a subir nesta terça-feira (23), encostando em R$ 5,61. A bolsa de valores recuperou-se das quedas recentes e fechou no maior nível em uma semana.

O dólar comercial fechou esta terça-feira vendido a R$ 5,609, com valorização de R$ 0,015 (+0,27%). Exceto pelos primeiros minutos de negociação, a cotação operou em alta no resto da sessão. Na máxima do dia, por volta das 13h, chegou a R$ 5,66, mas desacelerou durante a tarde, até fechar próxima da estabilidade.

Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana acumula queda de 0,66% em novembro. No ano, a divisa tem valorização de 8,1%.

O mercado de ações teve um dia recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 103.654 pontos, com alta de 1,5%. O indicador foi impulsionado por ações de mineradoras, beneficiadas pela valorização do preço internacional do minério de ferro, e pela Petrobras. As ações ordinárias (com direito a voto em assembleia de acionistas) subiram 4,81% nesta terça. Os papéis preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) saltaram 5,96%.

Apesar da decisão do governo norte-americano de queimar estoques para baratear a cotação internacional do petróleo, atualmente em torno de US$ 78 o barril, os contratos futuros registraram alta nesta terça-feira. Isso beneficiou as ações de petroleiras, como a Petrobras, que tem os papéis mais negociados na bolsa brasileira.

Em relação ao dólar, a moeda teve a maior alta diária em oito meses contra as principais divisas de países emergentes. A expectativa de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) antecipe o aumento de juros por causa da recuperação da economia norte-americana pressionou as cotações em todo o planeta. As novas restrições contra a covid-19 postas em prática por diversos países europeus também contribuíram para piorar o clima no mercado internacional.

No Brasil, o dólar só desacelerou nas horas finais de negociação após notícias de que o Senado está próximo de chegar a um acordo para votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios. Apesar de o governo ter revisado para cima, de R$ 91,6 bilhões para R$ 106,1 bilhões, o impacto da PEC, os investidores consideram a proposta a saída menos ruim para aumentar os gastos públicos do que uma possível edição de um decreto de calamidade pública.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Share post:

Subscribe

spot_imgspot_img

Popular

More like this
Related

SineBahia: Vagas sexta em Salvador, F. de Santana, Jequié e mais 7 cidades

  O SINE (Sistema Nacional de Emprego na Bahia) tem...

Bahia registra quase 70 acidentes em rodovias federais durante período natalino, diz PRF

  A Polícia Rodoviária Federal registrou 69 acidentes, sendo 27...

Avião que caiu no Cazaquistão teria sido abatido por defesas aéreas russas

  O avião da Azerbaijan Airlines que caiu no Cazaquistão na...

BC queima US$ 3 bilhões, mas Real volta a cair

  A moeda norte-americana teve alta de 0,38% e fechou...