Em entrevista ao programa Baiana Livre desta terça-feira (31), o secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia, Carlos Martins, criticou as novas regras de combate ao trabalho escravo, publicadas pelo Ministério do Trabalho (MT) no dia 16 de outubro. Para o gestor, as alterações mostra um retrocesso, ferindo o princípio do trabalho digno ao cidadão.
“A Bahia era conhecida como um estado que não se podia fazer operação de trabalho escravo. Nós montamos uma estrutura na Delegacia Regional do Trabalho junto com o Ministério Público do Trabalho que virou referência. A gente achar hoje que isso é normal, como o próprio ministro Gilmar Mendes, na declaração infeliz dele em dizer que tem trabalho exaustivo. Eu quero dizer que não se trata de trabalho exaustivo, se trata de uma situação de trabalho a margem da escravidão, em condições desumanas, onde você pega um indivíduo do interior, coloca em um ônibus e deixa em uma cantina, onde ele fica devendo a passagem e a cantina e quando pensa que não está em condições de trabalho escravo”, relatou.
Na ocasião, o secretário fez um balanço da sua atuação à frente da pasta nos últimos sete meses. Segundo ele, diversos projetos estão sendo desenvolvidos com o intuito de reduzir o índice de criminalidade na região metropolitana e no interior do estado.
“Hoje essa secretaria desenvolve um papel fundamental na Bahia em vários aspectos. A gente imprimiu evidentemente através da experiência, algumas coisas novas e que está dando certo. Podemos citar que uma delas é a Caravana da Cidadania, com o objetivo de ampliar os serviços e ampliar a parceria com as prefeituras municipais. Nós estamos fazendo várias caravanas pelo interior do Estado. Isso é uma coisa muito importante porque aproxima o Estado do cidadão, além de ser vista como ações preventivas em relação a violência”, comentou.