O reajuste médio das tarifas de energia no próximo ano deve ficar próximo da projeção oficial do Banco Central (BC) para a inflação, de 4,6%. Cálculos de consultorias especializadas no setor elétrico indicam que as tarifas devem subir cerca de 5%, em média. Os especialistas explicam que algumas medidas já adotadas neste ano continuarão a amenizar os efeitos aos consumidores, como a devolução integral de créditos tributários e novo aporte da Eletrobras, além de uma redução nas tarifas da Itaipu Binacional.
As projeções correspondem a uma média Brasil, ou seja, os índices são diferentes para cada Estado, a depender da distribuidora que atua em cada localidade. As tarifas de energia são reajustadas anualmente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de acordo com o “aniversário” do contrato de cada concessionária.
Além dos créditos tributários, outros itens devem amortizar o impacto aos consumidores. A lei que permitiu a privatização da Eletrobras determinou repasses anuais da empresa na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o que ameniza o valor dos subsídios embutidos na conta de luz. Há ainda uma previsão de avanço nas discussões sobre a revisão das tarifas de Itaipu Binacional.