O primeiro grupo de estrangeiros moradores da Faixa de Gaza poderá deixar o território sob ataque de Israel nesta quarta (1º) para o Egito. A saída foi autorizada após um acordo mediado pelo Qatar entre os governos de Tel Aviv e do Cairo, de acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
“Ainda não há brasileiros na lista divulgada hoje”, disse o embaixador brasileiro na Cisjordânia, Alessandro Candeas. “Acredito que em breve novas listas serão publicadas, e espero que nossos brasileiros estejam nelas”, afirmou segundo a Folha.
A primeira leva, segundo o Itamaraty, terá cidadãos da Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca, além de pessoal da Cruz Vermelha e de ONGs. Eles sairão por Rafah, posto na fronteira sul com o Egito, por onde passa ajuda humanitária limitada. A expectativa é de que até 500 pessoas deixem a região, segundo a agência Reuters.
O arranjo se soma ao anúncio feito na véspera pelo Hamas de que 81 feridos graves em ataques israelenses poderiam deixar a área. Segundo a mídia egípcia, os primeiros pacientes já deixaram Gaza. Cerca de 40 ambulâncias estão na região fronteiriça, um hospital de campanha para casos urgentes foi montado e unidades médicas nas cidades de Sheikh Zuweid e Al Arish, mais distantes, foram mobilizadas.
Gaza está sendo atacada fortemente desde que o Hamas, grupo palestino que administra a região desde 2007, promoveu a mega-ação terrorista contra Israel no dia 7 passado. Desde que isso aconteceu, centenas de estrangeiros moradores do território com 2,3 milhões de habitantes tentam sair pelo posto de Rafah, sem sucesso. Eles se concentram na cidade e em locais como Khan Yunis, a 10 km dali, assim como palestinos.