Os Estados Unidos informaram nesta sexta-feira (29) que vão negar vistos a membros da Autoridade Palestina (AP) para a Assembleia-Geral da ONU, em setembro, onde a França deve liderar a iniciativa para reconhecer oficialmente um Estado palestino.
A medida, anunciada pelo Departamento de Estado, fortalece o alinhamento da administração de Donald Trump com o governo de Israel, que rejeita a criação de um Estado palestino e tenta equiparar a Autoridade Palestina ao Hamas.
Segundo o comunicado, o secretário de Estado Marco Rubio está rejeitando e revogando vistos de representantes da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e da AP. “O governo Trump foi claro: é do interesse da nossa segurança nacional responsabilizar a OLP e a AP por não cumprirem seus compromissos e por minarem as perspectivas de paz”, disse a pasta.
Ainda não está claro se a ordem atinge todos os membros da delegação palestina. O presidente da AP, Mahmud Abbas, havia planejado participar da Assembleia, segundo o embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, que prometeu avaliar a decisão e “responder de forma apropriada”.
Washington acusa os palestinos de promoverem uma “guerra jurídica” contra Israel ao recorrerem ao Tribunal Penal Internacional e à Corte Internacional de Justiça, além de pressionarem por reconhecimento unilateral de um Estado palestino.
Embora o acordo que garante a sede da ONU em Nova York determine que os EUA não devem barrar vistos para participantes da organização, o Departamento de Estado afirmou que está cumprindo o tratado ao permitir a presença da missão palestina na ONU.