As autoridades dos Estados Unidos conduzem um estudo em larga escala para determinar as causas da “epidemia” de autismo, e os resultados serão divulgados nos próximos meses, anunciou o secretário da Saúde, Robert F. Kennedy Jr., nesta quinta-feira (10), em uma reunião do gabinete do presidente dos EUA, Donald Trump.
Os diagnósticos de autismo nos Estados Unidos aumentaram significativamente desde 2000. Em 2020, a taxa de autismo dos EUA em crianças de 8 anos era de 2,77%, acima dos 2,27% em 2018 e 0,66% em 2000, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
O escritório de Kennedy não ofereceu muitos detalhes sobre o plano. Mais tarde, ainda na quinta, o secretário revelou algumas pistas a mais, declarando que os Institutos Nacionais de Saúde liderariam o esforço. Ele afirmou que o CDC (Centros de controle e prevenção de doenças dos EUA) em breve divulgariam dados mostrando que os diagnósticos de autismo agora aumentaram para 1 em cada 31 crianças. “Tudo está na mesa: nosso sistema alimentar, nossa água, nosso ar, diferentes formas de criação, todos os tipos de mudanças que podem ter desencadeado esta epidemia”, completou Kennedy posteriormente, em uma entrevista na Fox News.
Em fevereiro, Trump decretou a criação da Comissão “Torne a América Saudável Novamente”, composta por Kennedy e outros secretários, para analisar tudo, desde as taxas de autismo e asma em crianças até a quantidade de medicamentos que estão sendo prescritos para TDAH ou outras condições.