Mais de 20 funcionários do Google foram demitidos após se manifestarem contra um contrato da empresa com o governo de Israel no último dia 17, quando 28 pessoas já haviam sido desligadas pelo mesmo motivo. O acordo teria sido realizado em 2021, porém, a oposição veio agora devido a atual guerra em Gaza. Os desligamentos foram anunciados nesta terça-feira (23) pelo jornal Washington Post.
O grupo afirmou em um comunicado que a empresa tenta “reprimir a dissidência, silenciar seus trabalhadores e reafirmar seu poder sobre eles”. Além disso, as demissões foram realizadas porque “o Google valoriza seu lucro e seu contrato de US$ 1,2 bilhão com o governo e os militares israelenses mais do que as pessoas”.
As manifestações contra o acordo foram realizadas em 16 de abril nos escritórios do Google, liderados pela organização No Tech for Apartheid Campaign, nas cidades norte-americanas de Nova York, Seattle e Sunnyvale, contra o Projeto Nimbus, assinado pelo Google e Amazon para fornecer serviços em nuvem ao governo israelense.
Segundo os funcionários, Israel usa a tecnologia para prejudicar os palestinos na guerra em Gaza, e deve continuar se organizando até que o Google cancele a iniciativa.
A empresa nega a alegação e afirma que o projeto não envolve “cargas de trabalho altamente sensíveis, confidenciais ou militares para (o desenvolvimento) armas ou serviços de inteligência”.