A aprovação do Orçamento deste ano no Congresso Nacional foi garantida após a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se comprometer a liberar R$ 6,8 bilhões em emendas. O acordo foi discutido em reunião no domingo com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. A decisão foi confirmada pelos ministérios da Casa Civil e da Fazenda, que autorizaram o pagamento das emendas. A liberação dos valores ocorrerá a partir da próxima semana.
Os pagamentos incluem R$ 3,8 bilhões de emendas de comissão de 2024, que estavam bloqueadas devido a uma decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Após negociações, o governo e o Congresso chegaram a um acordo em novembro para liberar os recursos, mas o STF voltou a bloquear as emendas até fevereiro. Além dessas, Gleisi garantiu o pagamento de R$ 5 milhões em emendas para cada um dos 594 parlamentares, totalizando R$ 3 bilhões.
Gleisi tem buscado estreitar a relação com os presidentes da Câmara e do Senado, cumprindo compromissos pendentes do governo anterior. Durante as negociações, a ministra também foi decisiva para ajustes no relatório final do Orçamento, como a manutenção da margem de remanejamento do governo. O trabalho de articulação foi destacado pelo presidente da Comissão Mista de Orçamento, Júlio Arcoverde.