O presidente Lula decidiu assinar um decreto para viabilizar o Novo PAC. A medida vai autorizar o uso de recursos do FGI (Fundo Garantidor de Investimentos), operado pelo BNDES, para destravar projetos de construção civil.
Empreiteiras alertaram o governo de que o Novo PAC poderia fracassar, caso não houvesse mecanismos de financiamento da primeira etapa dos empreendimentos.
A ideia apresentada ao Planalto foi acolhida. Inicialmente, o setor, representado pelo Sinicon (Sindicato Nacional da Construção Pesada), sugeriu o uso de R$ 625 milhões do FGI (Fundo Garantidor de Investimentos) e do FGO (Fundo Garantidor de Operações) para lastrear empréstimos das construtoras junto a bancos.
O dinheiro não sairia de graça. Ao conceder o aval, o tomador pagaria algo entre 3% e 4,5% do valor da obra, uma espécie de seguro para o banco.
Hoje, os grupos de construção civil enfrentam dificuldades financeiras e, com poucas obras em andamento, não conseguem tomar crédito em valores elevados, como exigem os projetos do PAC.
Com o valor sugerido, seria possível tomar ao menos R$ 12 bilhões em empréstimos para começar as obras, quantia suficiente para levar adiante empreendimentos de, ao menos, R$ 50 bilhões.
Após essa etapa inicial, afirmam as empresas, o próprio projeto gera receitas com os pagamentos pelos contratantes.
Julio Wiziack/Folhapress