A relação entre Kylian Mbappé e o Paris Saint-Germain continua estremecida mesmo após a transferência do atacante para o Real Madrid. O craque francês, de 26 anos, ingressou com uma queixa judicial contra seu ex-clube por assédio moral, além de cobrar cerca de R$ 330 milhões em valores que alega ter direito a receber — referentes a salários atrasados e bônus não pagos.
De acordo com a imprensa francesa, o Ministério Público de Paris confirmou nesta quinta-feira (26) a abertura de uma investigação formal após a denúncia apresentada por Mbappé no dia 16 de maio deste ano. Dois juízes de instrução já foram designados para conduzir o caso, que envolve acusações sérias, incluindo tentativa de extorsão de assinatura e afastamento forçado do jogador do elenco principal — episódio conhecido como “loft”.
O afastamento de Mbappé ocorreu durante o verão europeu de 2023, após o atleta comunicar ao PSG que não renovaria seu contrato, que se encerrava no fim da temporada. Na ocasião, o clube interpretou a decisão como uma estratégia para sair de graça, sem gerar receita com uma transferência. Como resposta, o jogador foi colocado à parte do grupo principal por um período, o que, segundo sua defesa, configura pressão psicológica e prática de assédio moral.
Paralelamente à queixa criminal, Mbappé também acionou a Justiça para garantir o bloqueio de 55 milhões de euros (cerca de R$ 359 milhões, na cotação atual) das contas bancárias do PSG. O valor equivale ao pagamento de três salários atrasados, estimados em 18,7 milhões de euros brutos, além do terço restante de um bônus de assinatura, de 36,6 milhões de euros, que deveria ter sido quitado em fevereiro.