O Ministério Público Federal (MPF) denunciou sete pessoas pelos crimes de organização criminosa, estelionato, falsificação e uso de documentos falsos por fraudes em benefícios concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A denúncia foi oferecida à Justiça Federal na Bahia na quinta-feira (21), como resultado da Operação Cucurbitum, deflagrada pela Polícia Federal em dezembro do ano passado, que investiga fraudes.
Dois dos denunciados estão custodiados no Presídio Regional de Paulo Afonso, em cumprimento aos mandados de prisão preventiva executados pela PF na Operação Cucurbitum. De acordo com o MPF, a organização atuava desde pelo menos 2011 e fraudou 143 benefícios, dos quais 117 ainda estavam ativos. Quinze eram benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões, e 102 eram assistenciais, como Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O prejuízo é da ordem de R$ 13,6 milhões, mas pode ser maior com a finalização do cálculo das fraudes aos benefícios após continuidade das investigações. Segundo apuração do caso, o grupo criminoso envolvido no esquema é liderado por ciganos da região de Jeremoabo e envolveu beneficiários do INSS da Bahia e outros cinco estados do Nordeste: Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.