O advogado Antonio Rodrigo Machado, do escritório Antonio Rodrigo Advocacia Associada, protocolou uma representação no Ministério Público Federal em que requer a análise e a suspensão da publicidade da empresa Fatal Model em partidas da Série A do Campeonato Brasileiro. As informações são do portal JOTA.
Segundo a reportagem, Machado aponta que, embora seja direcionado ao público adulto, o material acaba chegando às crianças.
A Fatal Model, que é dona de uma plataforma com anúncios de prostituição de mulheres e homens — cis e transexuais —estampa o principal patrocínio na camisa do Vitória, clube baiano que conquistou o acesso à primeira divisão ano passado.
Além do MPF, a representação também foi endereçada ao Conselho Nacional de Autorregulamentação, o Conar, e também ao Procon do Rio de Janeiro. Isso porque, sinaliza o advogado, esses órgãos são responsáveis por fiscalizar o conteúdo das transmissões esportivas e a relação com o consumidor, respectivamente.
Procurada pelo JOTA, a Fatal Model disse que as publicidades “estão todas em conformidade no que tange os regramentos estipulados pelos órgãos que administram as mesmas”.
Em nota, a plataforma afirmou que que o site “contém um aviso, na tela inicial, alertando que será apresentado conteúdo explícito direcionado a adultos”. Por fim, a assessoria da Fatal Model diz que a representação “mais se trata de uma questão de ordem moral, do que algo que mereça atenção das autoridades”.
A reportagem também tentou contato com a direção jurídica do Vitória, via assessoria de imprensa, mas não houve retorno.