O bilionário Elon Musk participou remotamente de um encontro do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), realizado neste fim de semana na cidade de Halle, Alemanha. Em um vídeo exibido para milhares de membros do partido, Musk afirmou que o país tem “muito foco na culpa do passado” e defendeu que a Alemanha preserve sua cultura e valores.
As declarações de Musk ocorreram poucos dias antes das cerimônias na Polônia em memória do 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz, uma data significativa para o calendário de lembranças na Alemanha. O posicionamento de Musk gerou críticas no país, especialmente pelo contexto histórico sensível. “O entusiasmo do sul-africano Elon Musk pelos radicais de direita alemães, pelo orgulho alemão, pelo povo alemão e pelos sinais de mão alemães é notável”, escreveu o jornalista alemão Mathieu von Rohr na Spiegel, uma das revistas mais importantes da Alemanha.
Pesquisas apontam que a tentativa de Musk de influenciar as eleições alemãs é vista como “inaceitável” por três quartos dos eleitores. Desde que começou a apoiar o AfD, o partido cresceu pouco nas intenções de voto, permanecendo em segundo lugar, atrás dos Democratas Cristãos. Ainda assim, todos os outros partidos no Parlamento se comprometeram a não formar coalizões com o AfD, por conta de associações com o extremismo.