Perto da folia: aluguel de imóveis no Carnaval ultrapassa R$ 200 mil em Salvador

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As placas de “aluga-se” instaladas nas fachadas de apartamentos próximos aos circuitos de Carnaval agora dividem espaço com as imponentes estruturas dos camarotes que são montados em Salvador. Falta pouco para o início oficial da festa, no dia 8, e a vinda de turistas para a capital baiana aquece o mercado imobiliário de temporada. Com pacotes que custam o dobro do ano passado, imóveis luxuosos chegam a valer R$ 220 mil para oito hóspedes.

As placas de “aluga-se” instaladas nas fachadas de apartamentos próximos aos circuitos de Carnaval agora dividem espaço com as imponentes estruturas dos camarotes que são montados em Salvador. Falta pouco para o início oficial da festa, no dia 8, e a vinda de turistas para a capital baiana aquece o mercado imobiliário de temporada. Com pacotes que custam o dobro do ano passado, imóveis luxuosos chegam a valer R$ 220 mil para oito hóspedes.

Valor fora da realidade do agente de viagens Ives Luan Moura, que mora em Aracaju. Ele vai passar o Carnaval em Salvador pela sétima vez e enfrentou dificuldades para encontrar um imóvel para alugar. Apesar de não prezar por acomodações luxuosas, a localização, segurança e conforto estão entre as prioridades.

“Sempre fiquei na Pituba ou no Rio Vermelho. Costumava alugar apartamentos para quatro pessoas por valores entre R$ 4 mil e R$ 5 mil, mas neste ano os preços estão absurdos, encontrei por até R$ 9 mil”, diz. A saída encontrada por Ives, o namorado e um casal de amigos foi escolher um bairro mais afastado da orla. Por R$ 4,5 mil, vão se hospedar em Matatu de Brotas entre a sexta-feira (9) e a quarta-feira de Cinzas (14).

A programação de Ives inclui cinco blocos que vão desfilar no circuito Barra-Ondina e o encontro com 15 amigos de Aracaju, que estarão hospedados em lugares diferentes na capital baiana. Se há alguns anos grupos maiores buscavam grandes acomodações, a tendência é que os turistas se dividam em grupos menores, segundo a corretora de imóveis Gabriela Gabriel.

“Cerca de 80% dos grupos que procuram apartamentos no Carnaval são formados por menos de cinco pessoas. Isso segue uma tendência dos novos imóveis, que são menores também”, analisa a corretora. Quanto mais perto do caminho dos trios elétricos, mais caro são os aluguéis. Portaria 24 horas, vista para o mar e a quantidade de cômodos também interferem nos preços.

“É o segundo Carnaval após a pandemia e vemos uma retomada do entretenimento que justifica o aumento de preços”, diz o corretor de imóveis Helton Dantas. Segundo o especialista, Barra e Ondina se mantêm como os bairros preferidos dos turistas.

“Os aluguéis mais caros são os de apartamentos que tem vista para o circuito e funcionam como um camarote particular”, completa. Na lista dos mais disputados estão os edifícios localizados entre o Morro do Gato e o Ondina Apart Hotel. Esses têm diárias que variam entre R$ 10 mil e R$ 20 mil.

A acomodação mais cara encontrada no levantamento da reportagem custa R$ 220.488 e conta com cobertura, quatro suítes, piscina, sauna e garagem. O imóvel ainda está disponível para locação entre os dias 8 e 14 de fevereiro. A diária custa R$ 27,5 mil. Na mesma linha, o pacote de um apartamento com apenas um quarto na Barra por seis dias custa R$ 104.231. A vista para o mar e a localização privilegiada dentro do circuito ajudam a explicar o preço.

Exigências

Até os proprietários que estão acostumados a alugar imóvel todos anos se surpreenderam com a dificuldade para fechar negócios. É o caso de Yasmin Silva, 27, que tem um apartamento de dois quartos na Rua Marquês de Caravelas, na Barra. “Em anos anteriores, já teria alugado nesta data. Acho que está mais difícil por conta do valor do aluguel que subiu um pouco”, justifica.

A proprietária cobra R$ 10 mil pelo aluguel neste ano, valor R$ 3 mil mais caro do que antes da pandemia. Se por um lado os proprietários cobram mais caro, os inquilinos estão mais exigentes. “Mesmo sendo um apartamento nascente, eles insistem que tenha ar condicionado. Minha vizinha teve que investir em um”, diz.

Os corretores de imóveis admitem que após as ondas de calor que atingiram a Bahia no ano passado deixaram os turistas mais exigentes. “Se o apartamento não tem ar condicionado fica muito mais difícil para alugar, é uma exigência que está mais perceptível”, revela Gabriela Gabriel.

O Correio Folia 

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