Uma pesquisa publicada nesta terça-feira (2), realizada pelo Instituto de Democracia de Israel (IDI), aponta que apenas 15% dos israelenses querem que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu permaneça no cargo após o término da guerra contra o Hamas em Gaza. Netanyahu prometeu eliminar o Hamas após ataque do dia 7 de outubro no sul de Israel.
As forças israelenses destruíram grande parte de Gaza em ofensiva retaliatória de quase três meses. O primeiro-ministro falou sobre a intensa pressão militar ser vital para garantir a libertação dos 129 reféns ainda mantidos em Gaza, depois dos cerca de 100 serem libertos no final de novembro em acordo de troca envolvendo centenas de prisioneiros palestinos.
Segundo a pesquisa, 56% dos entrevistados consideram a continuação da ofensiva militar a melhor maneira de recuperar os reféns, enquanto 24% defenderam um acordo de troca, incluindo a libertação de milhares de outros prisioneiros palestinos das prisões de Israel. Enquanto a rejeição por Netanyahu é expressiva, seu rival político e atual parceiro no gabinete de guerra, o centrista Benny Gantz, recebeu o apoio de 23% dos entrevistados para assumir o cargo. Cerca de 30% não indicaram um líder preferido.
Mais de 22.000 palestinos foram mortos na guerra, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza, e a maioria da população foi deslocada. Israel afirma ter matado cerca de 8.000 combatentes palestinos e prometeu caçar os líderes do Hamas. Netanyahu disse no sábado (30) que levará meses até que a vitória seja alcançada. Pesquisas sucessivas apontaram que sua popularidade caiu drasticamente desde o ataque do Hamas em outubro.