Apesar da disparada do preço do petróleo ontem (16), devido aos ataques às refinarias da Arábia Saudita, a Petrobras não deverá repassar imediatamente os aumentos para o consumidor brasileiro. Segundo o Estadão, a empresa vai avaliar o comportamento do preço do petróleo nos próximos dias, para depois decidir se os valores dos combustíveis serão revisados. Na prática, a petroleira deverá segurar os preços dos combustíveis.
De acordo com fontes da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro ligou para o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, em busca de esclarecimentos sobre a situação do setor. O executivo informou que não haverá repasse imediato nos preços dos combustíveis e que vai continuar seguindo sua política de paridade de preços. A atual política atrela os preços às cotações no mercado internacional, com repasses à medida em que há mudança de patamar dos valores.
Ainda segundo o Estadão, a preocupação de especialistas e investidores é que a empresa seja usada novamente para atender às demandas do governo, como aconteceu no passado, para segurar a inflação. Caso o mercado perceba uma retomada desta prática, o programa de venda de refinarias da estatal será afetado.