A delegada de Polícia Federal Renata da Silva Domingues declarou nesta quinta-feira, 4, que a Lava Jato descobriu ‘um novo núcleo de corrupção na Petrobrás’. Renata faz parte da força-tarefa da operação que deflagrou sua fase 40 e prendeu Márcio de Almeida Ferreira, ex-gerente da Petrobrás na área de Gás e Energia, além do empresários Marivaldo do Rozário Escalfone e Paulo Roberto Gomes Fernandes. Alvo de condução coercitiva, um ex-funcionário, Davi Schmidt, teria atuado como contato entre as empresas e os ex-gerentes da estatal. “Nenhum deles trabalha na Petrobrás, o último saiu em 2016, o executivo é Davi Schmidt e atuaria no mesmo âmbito hierárquico, que fez contatos entre a empresa Akyzo e os funcionários de carreira da Petrobrás”, disse a delegada. “Eles continuavam a receber mesmo após suas saídas, como se tivessem um saldo de propinas a receber e dessa forma não chamar a atenção”, informou Renata. Um ex-gerente, Márcio de Almeida Ferreira, teria recebido R$ 48 milhões em propinas. A PF apurou que R$ 14 milhões chegaram a ser repatriados, ‘inclusive foram pagos em forma de impostos para a Receita Federal”. A delegada classificou a ação do grupo como ‘audácia’, porque o esquema foi mantido mesmo após as investigações da Lava Jato terem início em março de 2014. “Surpreende a audácia de terem continuado esses pagamentos e que tenham se beneficiado desses valores sem ter algum pudor”, disse. Leia mais no Estadão.