O número de transações realizadas via Pix registrou a maior queda desde o lançamento do sistema, em novembro de 2020. A redução foi atribuída à desinformação gerada em torno de uma norma da Receita Federal, que passou a regulamentar o monitoramento de movimentações financeiras.
Segundo dados do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), entre os dias 4 e 10 de janeiro, foram efetivadas 1,25 bilhão de transações via Pix, uma redução de 10,9% em comparação ao mesmo período de dezembro. Esse recuo supera o registrado em janeiro de 2022, quando a queda foi de 7,5%.
Apesar do declínio, o Pix segue como o método de pagamento mais popular no Brasil, acumulando quase 6 bilhões de operações até o final de 2024, movimentando um total estimado em R$ 2,5 trilhões.
A Receita Federal informou que grande parte das informações recebidas já era reportada por grandes instituições financeiras, como Caixa, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco, que já seguiam essas regras. Ainda assim, a repercussão da norma gerou incertezas entre os usuários, refletindo no volume de transações.
Governo revoga aumento da fiscalização do Pix
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicou, na tarde desta quarta-feira (15), que a nova regra de fiscalização da Receita Federal sobre o monitoramento das transações via Pix será revogada. O ato normativo estava recebendo fortes críticas por parte da oposição e alto desgaste ao governo Lula.
A Receita Federal anunciou a medida com o objetivo de combater a sonegação e aumentar a transparência nas operações financeiras realizadas no país.