Se algum botafoguense não conhecia o Mário, atacante de 21 anos, o gol diante do Ypiranga-RS no último domingo, aos 48 minutos do segundo tempo, foi um bom cartão de visitas.
O que poucos torcedores sabem é que o Mário do último domingo, que balançou a rede em Erechim, garantindo o empate em 1 a 1, não é o mesmo que chegou em Ribeirão Preto há praticamente dois meses.
Sem a esposa e os filhos no interior de São Paulo, Mário teve dificuldades de adaptação à cidade. Sentiu-se sozinho. Sentiu falta da esposa, dos filhos. Sentiu a queda de rendimento dentro de campo.
– Foi um pouco difícil. Eu estava acostumado a chegar dos treinos no Bahia e encontrar meus filhos, minha esposa. Eu brincava com eles todos os dias, tinha com quem dialogar. Aqui, fui bem recebido pelo grupo, mas ficava muito sozinho. Não é a mesma coisa. Hoje, com eles em Ribeirão Preto, posso brincar, distrair. Tenho mais confiança, disposição, fico à vontade. Tudo muda – comentou o atacante, que entrou aos 30 minutos do segundo tempo no lugar de Alex, teve uma oportunidade, mas balançou as redes nos acréscimos.
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A comemoração de Mário junto com os companheiros no Colosso da Lagoa explica o momento vivido pelo atacante.
– Fiquei muito feliz, pois precisávamos daquele gol. Não consigo explicar minha comemoração. Estou trabalhando no dia a dia, procurando meu espaço, e fiquei emocionado. Quero estar pronto para contribuir quando as oportunidades surgirem – declarou o atacante, que possui contrato com o Bota até o fim da Série C, mas não descarta a possibilidade de renovação e permanência para a disputa da Série A1 do Paulistão.
Além da esposa Natali e dos filhos Maria Clara, de 3 anos, e de João Pedro, de 1, um primo de Mário chegou a Ribeirão Preto para ficar com a família.
O elenco botafoguense chegou na cidade na tarde desta segunda-feira. A reapresentação daqueles que atuaram desde o início da partida contra o Ypiranga ocorre na quarta-feira. Reservas e jogadores que entraram no decorrer da partida voltam aos trabalhos nesta terça-feira.