A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado da Bahia (SJDH) se manifestou na terça-feira (9) sobre a morte de dois jovens no distrito de Abrantes, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. O caso, que ganhou repercussão após a divulgação de um vídeo nas redes sociais, está sendo acompanhado pela SJDH, que recebeu denúncias por meio da Ouvidoria e acionou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e o Ministério Público estadual para garantir a apuração dos fatos.
Em nota, o secretário Felipe Freitas lamentou o episódio e defendeu uma investigação rigorosa. “Qualquer ocorrência policial em que haja morte, seja quem for a vítima, é causa de muita preocupação por parte do Estado e deve provocar profundas avaliações institucionais”, afirmou. Ele também ressaltou que as polícias devem atuar com firmeza no combate ao crime, mas com respeito à vida e aos direitos dos cidadãos.
A Corregedoria da Polícia Militar informou que já instaurou procedimento investigativo e está ouvindo os policiais envolvidos e os familiares das vítimas. A Polícia Civil também iniciou as apurações, enquanto o Ministério Público da Bahia, por meio do Geosp (Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública), abriu procedimento para acompanhar o caso.
A SJDH também anunciou que, por meio do programa Bahia pela Paz, oferecerá assistência às famílias dos jovens mortos. “Episódios como este são lamentáveis, pois minam a confiança nas instituições e fragilizam a imagem dos profissionais de segurança pública. Nossa expectativa é que a SSP e o MP esclareçam o que de fato aconteceu. Os familiares e a comunidade merecem resposta sobre esse caso”, concluiu o secretário.
Caso
Dois jovens foram mortos a tiros na localidade do Canto dos Pássaros, na Estrada do Cetrel, em Camaçari, na terça-feira (8). De acordo com informações da Polícia Militar, Gilson Jardas de Jesus Santos, de 18 anos, e Luan Henrique Rocha de Souza, de 20, entraram em confronto com policiais militares e foram feridos durante o confronto. A família deles, no entanto, nega a versão da corporação.
Fonte: Bahia.ba
