Em uma partida marcada pelas péssimas condições do gramado, devido a chuva que caiu em solo catarinense, Vitória e Brusque empataram sem gols, na tarde desta sexta-feira, 17, no estádio Augusto Bauer, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro Série B. O resultado pode até ser considerado positivo ao Leão, que ainda viu a equipe catarinense colocar duas bolas na trave na etapa final.
Com o resultado, o Rubro-Negro baiano segue sem conseguir se afastar da zona de rebaixamento. O ponto conquistado fez o Vitória somar 24 e permanecer na 17ª colocação, apenas um ponto atrás da Ponte Preta, primeiro clube fora do Z-4, mas que ainda entra em campo nesta rodada, diante do Guarani.
O próximo compromisso do Leão da Barra será uma missão dificílima. A equipe comandada por Wagner Lopes irá encarar o atual líder do campeonato, Coritiba, na próxima quarta-feira, 22, no estádio Manoel Barradas (Barradão), em Salvador. O confronto poderá ser o primeiro com retorno do público, a depender do que decidir as autoridades até a ocasião.
Péssimas condições
A premissa da primeira etapa foi as duas equipes com muita dificuldade de criação, em decorrência das péssimas condições apresentadas pelo gramado do estádio Augusto Bauer. Bolas alçadas e lances de bate e rebate poderiam resumir bem o que foram os 45 minutos iniciais do duelo.
O primeiro lance de perigo, por exemplo, só veio aparecer aos 25 minutos, quando o meia Thiago Alagoano invadiu a área e bateu cruzado para a defesa do goleiro Lucas Arcanjo. Aos 30, Toty fez jogada individual pela direita e rolou para Marlone, que chutou travado e mandou pela linha de fundo.
Os donos da casa seguiam em cima. Aos 34, Garcez é acionado em cruzamento e ajeita de cabeça para Edu pegar de primeira e mandar mascado para à esquerda da meta rubro-negra.
A resposta do Vitória só veio aparecer aos 38 minutos, quando Roberto surgiu pela esquerda e mandou na área catarinense. A bola ficou no bate e rebate, até sobrar limpa para Cedric que, de frente para o gol, colocou muita força no pé e mandou por cima.
Criatividade e improviso seguiram sendo as palavras de ordem no Augusto Bauer. Tentar colocar a bola no chão certamente não seria o caminho para nenhuma das equipes, que tentavam superar o estado do campo encharcado e precisaram ir para o intervalo com o placar completamente zerado.
Ponto precioso
Se na primeira etapa o principal adversário era a chuva, o segundo tempo ainda veio acompanhado de um “colega” inóspito: os raios. Por diversas vezes, o treinador Wagner Lopes tentava alertar o árbitro sobre a falta de segurança em seguir a partida naquelas condições.
Por falar no comandante rubro-negro, ainda no intervalo, ele optou por tirar o atacante David e colocar Caíque Souza. As alterações não surtiram tanto efeito, uma vez que o Brusque seguia tendo as melhores chances da partida.
Aos 14 minutos, Marlone lançou Zé Matheus que bateu cruzado e a bola explodiu no travessão de Lucas Arcanjo. Na sobra, Edu não conseguiu dominar e mandou pela linha de fundo.
Marlone descolou bom lançamento aos 26, mas o perigo da jogada veio na proteção do zagueiro do Leão, Thalisson Kelven, que se atrapalhou com o goleiro Lucas Arcanjo e a bola sobrou limpa para Thiago Alagoano. Na hora da finalização, o zagueiro João Victor se jogou para evitar o gol catarinense.
Dois minutos depois, o Brusque ainda conseguiu colocar a bola na trave rubro-negra mais uma vez. Alemão inverteu jogada para Marlone, que alçou na área para a cabeçada de Thiago Alagoano. O meia mandou no contrapé de Lucas Arcanjo, mas tirou demais e bateu na trave esquerda.
O confronto seguiu, mas as duas equipes não conseguiram construir mais nenhuma grande jogada de perigo. Assim, sem levar perigo à meta de Zé Carlos nos últimos 45 minutos, o Vitória pôde sair do estádio Augusto Bauer com a sensação de que aquele ponto conquistado possui o peso de um triunfo, devido ao que se desenhou na partida.