Quebrando o protocolo desde a sua chegada ao Vitória, o técnico Thiago Carpini falou pela primeira vez durante uma coletiva pré-jogo na Toca do Leão. E o motivo para isso acontecer não poderia ser outro: a saída do zagueiro e capitão do Rubro-negro, Wagner Leonardo.
O zagueiro Wagner Leonardo foi negociado por 4.5 milhões de dólares, cerca de R$ 26 milhões de reais ao Grêmio, que também anunciou o lateral-esquerdo Lucas Esteves. Em uma longa resposta, Carpini pediu para dar coletiva neste sábado (15) e esclareceu alguns pontos.
Na verdade, para ser bem franco como eu sou nas minhas conversas, é assim que eu trato com o elenco no dia a dia, eu sempre procurei falar para o torcedor a verdade, o que precisava ser falado para vocês da imprensa. Quando surgiu toda essa negociação ontem (sexta) e ela foi muito rápida, eu pedi para assessoria de marketing do clube, que eu (Carpini) viesse para fazer essa coletiva pré-jogo”, inicia.
E completa: “Isso não é uma coisa habitual, é importante vocês ouvirem os atletas também, mas eu acho que nesse momento era necessário até para esclarecer alguns pontos, vamos lá. O que eu penso, talvez eu possa estar errado e possa divergir opiniões e eu respeito. Como eu disse anteriormente, a vida é feita de ciclos, então nós precisamos tratar e trabalhar com os atletas que eles queiram aqui permanecer”, pontua.
Durante a resposta, o treinador do Vitória deixou claro que não irá “amarrar ninguém no vestiário”, citando os casos envolvendo os defensores Wagner Leonardo e Lucas Esteves, que recentemente trocaram o Leão da Barra pelo Grêmio.
A partir do momento que o atleta entende que ele precisa de um novo passo profissional e pessoal, a gente precisa de um novo passo. Precisa respeitar. Nós, enquanto instituição, eu como treinador e o Fábio como presidente, não vamos amarrar ninguém no vestiário e obrigar ninguém a estar aqui”, destaca.
“E a gente entende perfeitamente que é momento do cara viver, o atleta viver novos voos, novas oportunidades e ele tem o direito de fazer isso. Então a gente aqui não está lamentando a saída do Wagner. A gente agradece pelo que foi feito, ponto final, vida que segue, o Vitória tem muitos objetivos adiante a serem conquistados”, afirma Carpini.
Por fim, o comandante Rubro-negro deixou bem claro que Wagner Leonardo fez sua história no Vitória, mas essa já está no passado. Para Carpini, a instituição que é mais importante, além dos “atletas que estão e querem estar” no Leão da Barra.
[…] Ponto final nessa história do Wagner. O Wagner já ficou na história do clube e história é pra ser contada e já tá no passado. Nós podemos ver o presente, amanhã a gente tem um jogo importante, o dia que é. […] O Vitória, a instituição, isso pra mim é o mais importante. Os atletas que estão e querem estar aqui, esses que a gente precisa ter carinho, cuidado, paciência e melhorá-los”, concluiu o treinador.