Depois de meses de atraso e disputa política ferrenha por aumento de emendas parlamentares, o Congresso se prepara finalmente para votar esta semana o Orçamento da União de 2021 num quadro de grande incerteza. A piora da pandemia da Covid-19 trouxe pressão extra por mais gastos, inclusive para a saúde, que está em colapso em todo o País, e riscos de perda de arrecadação com o recuo da atividade econômica.
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, deve convocar a sessão de votação para quarta-feira, 24, ou quinta-feira, 25. A expectativa é de que a votação na Comissão Mista de Orçamento (CMO) aconteça de manhã e, no plenário, no mesmo dia, informou ao Estadão a presidente da comissão, deputada Flávia Arruda (PL-DF).
“É um orçamento atípico em vários aspectos, tanto pela dificuldade de pouca margem de modificação quanto pelo prazo tão exíguo que a comissão teve”, diz Flávia Arruda, que criou uma ação especial do Orçamento para aumentar recursos destinados ao reforço do dinheiro para a saúde por meio de emendas parlamentares. Até domingo, o cálculo mostrava um adicional de R$ 869,2 milhões.
O relator do projeto, senador Márcio Bittar (MDB-AC) trabalha para acomodar a demanda por aumento de emendas parlamentares, compromisso que fez parte da negociação com o governo que garantiu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do auxílio emergencial com medidas de ajuste nas despesas para o futuro.
Fonte: Estadão Conteúdo