Em entrevista exclusiva ao programa Baiana Livre desta sexta-feira (4), o deputado federal Cacá Leão (PP), justificou o seu voto contra a denúncia do presidente Michel Temer (PMDB), afirmando que a decisão foi tomada com base da chapa majoritária do partido.
“Eu já tinha tomado essa posição há um tempo. Tomei esse posicionamento primeiramente pelo meu partido, que fechou questão a cerca de 30 dias antes da votação, onde eu já tinha externalizado na imprensa, afirmando também iria acompanhar o meu partido e ler os relatórios. Lendo os relatórios, eu entendi e tomei a decisão de acompanhar a chapa majoritária que foi não acatar a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB)”, destacou.
Sobre o julgamento do presidente da república, o deputado disse ainda que o arquivamento da denúncia não impede que o presidente seja investigado. “O que me forçou a tomar esse posicionamento foi por saber que nesse momento a decisão que foi tomada pela câmara dos deputados não está absorvendo o presidente Michel Temer. Nesse momento a denuncia está sendo arquivada e a partir do dia primeiro de janeiro de 2019, ele responderá como qualquer cidadão comum, inclusive sem fórum privilegiado. Então ele vai ser julgado e se for culpado, vai pagar o preço, caso contrário, ótimo”, relatou.
Para o deputado, as eleições diretas não seriam o melhor caminho para superar a atual crise política. Na opinião de Cacá, a antecipação das eleições gerais poderia ser uma alternativa para superar a crise política e econômica do Brasil. “Seria ótimo e seria lindo se o presidente fosse afastado hoje e amanhã antecipasse a eleição para os próximos cinco anos. Eu não sou a favor de fazer uma eleição direta agora e daqui a um ano ter novas eleições. A gente sabe o quanto custa uma eleição no Brasil e por conta disso, eu defendo a condição de que se a gente antecipar o processo como todo, faríamos uma eleição para cinco anos ou até seis anos e quem sabe a gente unificar as eleições depois desse período. Isso eu acho que seria uma matéria plausível para ser discutida dentro da câmara dos deputados”, finalizou Cacá.